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Cientistas de Wuhan buscaram tratamento em hospital um mês antes do 1º registro da Covid

Rotular como "teoria da conspiração" ou "fake news" tudo aquilo que desagrada ou incomoda se tornou uma tendência

Em fevereiro do ano passado, quando ainda era muito cedo para ter certeza sobre quase tudo relacionado à pandemia e ao Sars-Cov2, um grupo de cientistas publicou uma carta na prestigiada revista médica Lancet afirmando que era improvável que o vírus tivesse escapado de um laboratório. Outra carta, desta vez publicada na Nature, o principal periódico científico do planeta, afirmava categoricamente: “Nossas análises mostram claramente que o SARS-CoV-2 não é um constructo laboratorial ou um vírus manipulado de propósito”. A partir dessas duas cartas se formou um falso consenso científico de que o vírus com certeza teria se originado naturalmente, por meio de um morcego que o transmitira para seres humanos.  

Consensos são algo raro na ciência. Por motivos que são mais políticos que técnicos, se tornou quase proibido sequer aventar a possibilidade de o vírus ter se originado em laboratório. Durante esse período, poucas vozes dissonantes apareceram na ciência ou na imprensa especializada. Em novembro de 2020, a Gazeta do Povo foi um dos poucos veículos a romper esse pacto de silêncio não-escrito. Um  artigo do geneticista Eli Vieira tinha a coragem de afirmar: “A origem do vírus ainda é uma questão em aberto.” No texto, Vieira comentava o artigo da cientista Rossana Segreto, da Universidade de Innsbruck, na Áustria, e seu colaborador Yuri Deigin, da Youthereum Genetics Inc., no Canadá, que trazia boas questões que colocavam em dúvida a quase unanimidade sobre a origem natural do vírus.  

O falso consenso começou a ruir quando o jornalista Nicholas Wade, que foi repórter de ciência do The New York Times por 30 anos, publicou em seu site pessoal um longo artigo com mais de 11 mil palavras com várias evidências que reforçavam a origem laboratorial do vírus. O texto de Wade é demolidor. Revela os conflitos de interesse dos autores da carta publicada na Lancet lá em fevereiro de 2020, além de chamá-la de “má ciência”. E ele não parou por aí: trazendo uma linguagem acessível a leigos, explicou os fatores pelos quais a probabilidade de que o vírus tenha escapado do Instituto de Virologia de Wuhan, marco zero da pandemia, é grande. No Brasil, a Gazeta do Povo publicou o artigo com exclusividade

Agora em maio, 18 cientistas publicaram uma carta na também prestigiosa revista científica Science pedindo uma investigação sobre as origens da pandemia que não ignore a possibilidade de um vazamento de laboratório.  

Para completar, recentemente um relatório do Departamento de Estado dos EUA revelou que três funcionários do mesmo instituto procuraram serviços hospitalares em Wuhan, com sintomas parecidos com os da gripe, um mês antes da China anunciar o primeiro caso do novo coronavírus

Três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan tiveram que buscar tratamento em um hospital após ficarem doentes em novembro de 2019, um mês antes do primeiro caso oficialmente confirmado de Covid-19, de acordo com informações de um relatório de inteligência dos Estados Unidos obtidas pelo Wall Street Journal.

No início do ano, a administração do ex-presidente Donald Trump havia revelado que alguns cientistas do laboratório tinham ficado doentes no período, "com sintomas consistentes com a Covid-19 ou gripe sazonal comum", mas naquele momento não veio a público a informação de que eles precisaram buscar tratamento em um hospital.

A informação deve aumentar o debate sobre a origem da Covid-19, em um momento em que os líderes da Organização Mundial da Saúde devem se reunir para decidir a próxima fase da investigação.

Segundo o jornal americano, pessoas familiarizadas com o relatório expressaram opiniões diferentes sobre a força destas evidências. Uma delas disse que a inteligência veio de várias fontes confiáveis e que era muito precisa, mas não definia por que os cientistas ficaram doentes. Outra disse que a informação era potencialmente significativa, mas que precisa de mais investigação e corroboração adicional.

O governo dos Estados Unidos não comentou sobre o relatório da inteligência, mas uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional disse que as autoridades do país continuam "a ter sérias dúvidas sobre os primeiros dias da pandemia Covid-19, incluindo suas origens na República Popular da China".

Reação da China

A China nega que o Sars-CoV-2 tenha escapado de um de seus laboratórios. Yuan Zhiming, diretor do Instituto de Virologia, disse que a informação revelada pelo Wall Street Journal é uma mentira sem base nenhuma na realidade. "Essas alegações são infundadas. O laboratório não estava ciente desta situação [pesquisadores doentes no outono de 2019], e eu nem mesmo sei de onde essas informações vieram", disse o pesquisador ao jornal chinês Global Times.

As autoridades chinesas também salientam que uma investigação inicial da OMS sobre a origem da Covid-19 apontou que a teoria de um acidente em laboratório era "extremamente improvável", embora haja um movimento crescente de pesquisadores que apoiam a investigação desta hipótese.

Em uma entrevista no começo do mês, o maior especialista em saúde pública dos EUA, Anthony Fauci, disse que não está convencido sobre o desenvolvimento natural do novo coronavírus e pediu por uma investigação transparente sobre a origem da doença. "Não estou convencido disso, acho que devemos continuar investigando o que aconteceu na China", disse ao responder uma pergunta sobre se ele ainda estava confiante sobre o desenvolvimento natural do vírus.

"Certamente, as pessoas que investigaram dizem que provavelmente foi o surgimento de um reservatório animal que infectou os indivíduos, mas poderia ter sido outra coisa, e precisamos descobrir isso. Então é por isso que eu disse que sou totalmente a favor de qualquer investigação sobre a origem do vírus", continuou.

Segundo o WSJ, na China é comum que as pessoas busquem ajuda em hospitais quando ficam doentes, mesmo não se tratando de algo grave, mas o fato de que três pesquisadores do laboratório de Wuhan tenham ficado doentes no mesmo período alguns dias antes do primeiro caso confirmado de Covid-19 é algo a ser levado em consideração no debate sobre a origem do novo vírus.


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Fonte Gazeta do Povo

 

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